PF deflagra operação contra médicos anestesiologistas

A Polícia Federal (PF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e em conjunto com o Ministério Público, deflagrou, nesta quinta-feira (10), a Operação “Toque de Midaz”, que investiga uma organização criminosa acusada de formação de cartel no setor de anestesiologia. O caso aconteceu no Distrito Federal, em Brasília.

A investigação se deu em volta da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do DF (Coopanest-DF). Foram sete mandados de busca e apreensão, o grupo é suspeito de liderar umas práticas ilegais como:

  • Controle do mercado de serviços e intimidação e outros profissionais;
  • Ameaça de descredenciamento e exclusão da cooperativa caso os médicos não seguissem as diretrizes do grupo;
  • Controle exclusivo de grupos profissionais em hospitais estratégicos do DF, impedindo a entrada de novos profissionais e restringindo a concorrência;
  • Exclusividade na negociação de tabelas de honorários com operadoras de planos de saúde privados, eliminando a livre concorrência e impondo valores abusivos;
  • Restrições à atuação de médicos autônomos mediante ameaças físicas e psicológicas contra anestesiologistas que optassem por atuar de maneira independente.

PF AMAZONAS E A QUADRILHA DE ANESTESIOLOGISTAS DE MANAUS

O que muitas pessoas não sabem é que esses crimes são comuns no Amazonas. Existem médicos anestesiologistas que também participam de cartel para desviar dinheiro público.

Assim como em Brasília, no Amazonas as cooperativas formam um cartel para monopolizar contratos dentro das unidades de saúde. A situação já aconteceu em hospitais da capital, quando médicos não estavam comparecendo nos plantões, mas continuavam recebendo como se estivessem.

Há uma grande máfia de médicos anestesiologistas que visam apenas desviar verba e obter benefício próprio em cima de contratos estaduais. Muitos vivem em escalas de plantões que nunca apareceram e isso tudo é acobertado pelas cooperativas do Estado.

E isso gera extremo prejuízo ao povo amazonense que necessita do serviço de saúde pública. Empresas estão ganhando milhões para fingir que estão prestando serviço, os médicos anestesiologistas raramente estão de prontidão dentro das unidades de saúde. O povo carece de atenção.

Esta investigação feita no Distrito Federal é um exemplo para a PF do Amazonas e o Ministério Público do AM. Cartel como o de Brasília são comuns no nosso estado, a Polícia Federal precisa estender essa operação para Manaus e investigar as contratações desses profissionais. O Estado desembolsa MILHÕES para pagar médicos anestesiologistas que nunca estiveram dentro da unidade prestando serviço para a população.

Ao que parece, não existe Polícia Federal, Ministério Público, ou qualquer órgão fiscalizador que investigue esses contratos fantasmas no Amazonas. O que fica é o alerta para que a Justiça comece a caçar os verdadeiros sanguessugas dos cofres públicos.

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