Comunidades enfrentam dificuldades de locomoção e perdas na produção rural devido às inundações.
A cheia dos rios do Amazonas continua a se intensificar, impactando cerca de 425 mil pessoas, com 37 municípios já declarados em estado de emergência, conforme o boletim da Defesa Civil do Estado divulgado na segunda-feira, (16/06).
Além dos municípios em emergência, outros 21 estão sob alerta, um em atenção e três com situação normal. As comunidades afetadas enfrentam sérias dificuldades de mobilidade, perdas significativas na produção agrícola e inundações em suas residências, o que agrava a vulnerabilidade social em diversas regiões.
Historicamente, o período de cheia no Amazonas tem início na segunda quinzena de outubro, marcando o fim da seca. Em 2024, a seca foi especialmente severa em várias áreas do estado. De acordo com a Defesa Civil, 425.844 pessoas foram afetadas, o que corresponde a aproximadamente 106.464 famílias.
Atualmente, nove calhas de rios no estado estão passando por cheia. Na capital, o Rio Negro atingiu a cota de 28,90 metros, conforme medição do Porto de Manaus divulgada nesta segunda-feira, 17 de junho. O nível do rio permanece estável, com uma leve elevação de cerca de 3 a 4 centímetros, estando apenas 10 centímetros abaixo da cota de inundação severa, que é de 29 metros.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), a cota de inundação severa é determinada com base nos dados da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Esse nível indica um risco elevado para alagamentos mais intensos e prolongados nas áreas urbanas e rurais.
A previsão é que o cenário atual de cheia persista nos próximos dias, mas sem uma extensão prolongada. O 3º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas para 2025, emitido pelo SGB, indica que o pico da cheia deve ocorrer até o final desta semana.
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